2.8.05

Por que sou mais José Dirceu

Não precisamos ter uma inteligência superior para
concluir apenas com os olhos da sabedoria e do coração
que o deputado Roberto Jerferson tem mais probabilidade de estar mentindo, em seus depoimentos na CPMI, do que o deputado José Dirceu.

Numa análise mais crítica, obervamos que o passado político condena.
Buscando na história dos dois, sou muito mais o José Dirceu; por sua honra, trajetória política, militância nas bases partidárias, um homem que fundamentou sua vida pública com diginidade, sempre presente na construção de seu sonho, sofreu exílio, enfim, um perfil de lutador e patriota.
Que seus companheiros de partido fizeram bobagem locupletando-se com esse lobista Marcos Valério, não temos dúvida. Homem esquivo, de personalidade frágil, olhar e gestos que não nos passa confiança quando depõe. Nos parece coisa montada e repleta de defesa. Sua trajetória ligada a bancos estaduais de Minas Gerais, serviços prestados a outros governos, patrimônio declarado com rápido crescimento em poucos anos, enfim, por tudo isso, há grandes suspeitas de se tratar de um elemento complicado para se ter como avalista de um partido que tanto lutou para chegar ao poder. No mínimo faltou zelo à sua cúpula administrativa para resguardar a memória de 25 anos de luta.

Já o sr. Roberto Jefferson, "O Homem da Ópera", tem um passado duvidoso; basta analisarmos sua trajetória mais recente na era Collor e negociações para apoiar governos passados. Um homem com um olhar agressivo, gestos e palavras debochados, teatralizados; um verdadeiro jogador, que aos 45 do segundo tempo tomou um gol de impedimento e o juiz não viu. E o que é pior, não tinha gravação para testemunhar e brigar no tapetão.
É fácil acusar, difamar as pessoas, soltar acusações ao vento fazendo pose para imprensa e depois dizer que não tem provas.

Sou mais José Dirceu, porque me pareceu mais verdadeiro e compromissado com o país. E o meu olhar não me engana, prefiro acreditar que ele diz a verdade. Posso estar enganado, mas prefiro ser negado pelas conclusões do relatório final da CPMI. Tomara que as instituições consigam sobreviver a tudo isso e que a lição sirva para o país renascer com um novo modelo, mais saudável de se fazer política partidária, para o bem de todos nós e das gerações futuras.

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