12.11.08

Em Busca do Equilíbrio

Estamos vivendo na era do hedonismo, da busca alucinada da perfeição do corpo, da longevidade e da imagem; principalmente do culto à vaidade, que conduz os indivíduos para as doenças de toda a ordem. É urgente e necessária a mudança de hábitos e a criação de um novo modelo de comportamento diante da vida.

Creio que a análise de 4 pontos, poderia ser um bom começo para condução de uma revisão e reflexão por quem vivencia estas neuroses comportamentais do mundo moderno. Daí, se tentar a busca do equilíbrio físico e mental para se conquistar a vida melhor e mais saudável, sem stress e sem ansiedade: Nutrição, Sono, Postura e Emoção.


Nos alimentamos de forma equivocada, e sem o conhecimento necessário dos erros que comentemos ao ingerir determinadas refeições; dormimos pouco e mal em função do trabalho, diversões, e do mal do século passado que adentra o séc. XXI, que é o stress; nossa postura é determinada pela tecnologia, que nos entorta e nos deixa preguiçosos; e por fim a nossa emoção vai na balada dos pancandões, do excesso de informações que nos deixa com os nervos e relações, sempre "à flor da pele" e por um fio.

Portanto, precisamos ser mais inteligentes para alterar nossos hábitos, modos e escolhas e buscar o equilíbrio físico e mental. Vivemos num mundo de jovens e idosos gordos e apressados, com problemas gerais de postura e com o emocional sempre esperando a cura. O que é pior, não percebemos que temos que mudar para que ao nosso redor as coisas mudem. O difícil sempre será o quando e por onde começar. O certo é que o tempo passa rápido e temos que nos antecipar para que possamos nos cuidar melhor e alcançar a cura.

10.11.08

We Have a Dream

Discurso histórico de proferido por Martin Luther King, em 28 de agosto de 1963, nos degraus do Lincoln Memorial em Washington:


"I Have a Dream " - (Eu tenho um sonho)

"...E estou contente em unir-me a vocês nesse dia que entrará para a História como a maior manifestação pela liberdade na história de nossa nação.
Pois agora é o tempo para transformar em realidade as promessas da democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.
E eu digo a vocês hoje, meus amigos, que embora enfrentemos as dificuldades de hoje e de amanhã, eu ainda tenho um sonho. Um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos esta verdade e ela será clara para todos; que os homens são criados iguais.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança.
Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade.
Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, defender juntos a liberdade, e, quem sabe, seremos um dia, livres.
Este será o dia, quando todas as crianças poderão cantar um canto antigo, com um novo significado.
Então, em todas as montanhas, ouviremos o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos ao sino da liberdade soar em toda moradia e todo vilarejo, em toda cidade e em todo estado, nós poderemos chegar àquele dia, quando todas as crianças de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, todos, sem exceção, poderão unir suas mãos e cantar as palavras do velho canto spiritual negro:
Livres, afinal, livres afinal.
Agradecemos a Deus todo-poderoso. Nós somos livres, afinal."


- Essas palavras são trechos de um discurso de Martin Luther King, proferido nos degraus do Lincoln Memorial, em Washington em 28 de agosto de 1963, ou seja, 45 anos atrás.

Quarenta e cinco anos atrás, Barack Hussein Obama, ou qualquer outro negro norte americano não seria livre para entrar num restaurante, ir a um cinema ou usar um banheiro que não fosse a ele destinado pela lei de segregação racial que ainda vigorava nos Estados Unidos da América.
Essa era a lei. Lugares determinados, regras impostas, discriminação e segregação oficiais contra a população negra.
Isso valia também em escolas, ônibus e até igrejas.
Quarenta e cinco anos atrás...
Barack Obama tinha dois anos de idade quando Luther King iniciou seu discurso dizendo: “Eu tenho um sonho...”.
O sonho, hoje, está nas mãos do 44° presidente eleito nos Estados Unidos da América.
A partir do dia 20 de janeiro de 2009, ele será, como se costuma dizer, o homem mais poderoso do mundo, respeitado, odiado, admirado e até temido.
O que fazer com tanto poder...?
Tenho visto fotos de Barack Obama em circunstâncias curiosas. No dia seguinte à eleição, foi a uma reunião de pais na escola de suas filhas. Num outro, foi flagrado numa roupa de ginástica, indo à academia. Claro, o tempo todo cercado por batalhões de seguranças, cinegrafistas e fotógrafos, loucos por registrar a “vida normal” do presidente eleito. A mídia adora, o público adora, e Obama vai demorar um bom tempo, no mínimo quatro anos, para ter, de novo, uma vida normal...
Mas vamos imaginar que ele seja um cidadão comum, de quem eu pudesse me aproximar e dizer:
Olhe, Obama, quando estiver sozinho no Salão Oval, o que vai ser raro, ou num canto qualquer de Camp David, pare, olhe para trás, para a longa trajetória percorrida até chegar onde está e pense...
Pense nessa estranha e maravilhosa capacidade humana de sonhar e de fazer o sonho acontecer.
Pense nos muitos que sonharam antes de você e lutaram, deram a vida por esse sonho. E não apenas no seu país.
Por que o sonho não é apenas de Martim Luther King. Outros sonharam antes dele e outros tantos, por todo canto, continuam sonhando depois. O sonho não é seu, Barack Obama, nem sequer somente um sonho americano.
Você certamente sabe quem foi Mahatma Gandhi, mas talvez não tenha ouvido falar em Chico Mendes. Eles, e tantos, também sonharam esse sonho humano, o nosso sonho, de todas as gentes, de todos os tempos, de todos os povos e nações.
Temos sonhado muito e sempre com um mundo onde justiça, paz, liberdade, fraternidade e principalmente dignidade, sejam mais que belas palavras em discursos inspirados.
Sonhamos que essas palavras ganhem gesto e vida, nas nossas vidas, e sejam um desejo genuíno, profundamente arraigado nos corações e mentes de todos os seres humanos.
E que, então, sonhando com as mãos, possamos construir um mundo em que a cor da pele não seja causa nem de discriminação, nem de espanto, nem de surpresa, nem de admiração.
Que cada um de nós, homens e mulheres, sejamos admirados simplesmente porque somos homens e mulheres, seres humanos, irmãos de vida e de sonhos.

Pois nós temos um sonho, Barack Obama, e queremos sonhá-lo bem acordados...

Eduardo Machado