6.9.11


COPA 2014 - (O preço da festa).

por João Batista C. Filho, terça, 6 de setembro de 2011 às 12:08

Denúncias dos Impactos Sociais, já pipocam em todo o país, por ocasião das obras de revitalizações das cidades sedes da Copa do Mundo de Futebol em 2014 em nosso país.

Estamos a 3(três) anos da realização do grande evento. Mas qual será o tamanho da conta? O que a sociedade brasileira, em especial os menos favorecidos, ganharão com todos esses investimentos vultosos? Qual a herança que cada sede deixará para suas populações, com a realização deste megaevento em todo o país?

O governo Lula entregou estas demandas da Copa do Mundo + Copa das Federações + Jogos Olímpicos em sequência, até 2016, ao governo Dilma e este, certamente, não se furtará em realizá-las. Mas, nos perguntamos: e os investimentos na saúde, no saneamento básico, na educação... enfim, entrarão nesse bolo superfaturado e serão melhorados a reboque? E o povo brasileiro, herdará um país melhor, depois de tudo isso? Vamos pagar para ver.

Não podemos deixar na esteira da realização desses eventos maiores do esporte mundial, uma dívida que possa nos comprometer para toda a nossa vida. Vide o exemplo da Grécia, que está pagando a conta hoje, dos investimentos que fez, sem precedentes na sua história, para a realização dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas.

Vamos ficar atentos aos movimentos das obras e seus entornos, em Brasilia, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de janeiro, Salvador e São Paulo, principalmente, com relação as populações menos favorecidas, as desapropriações, as indenizações, os superfaturamentos, o meio ambiente... enfim. Pois vivemos num país onde a corrupção é um câncer com metástases fortes em todos os níveis governamentais, e o controle fiscal dessas obras, é frágil.

Recetemente no jornal espanhol, El País, foi denunciado os processos criminosos de remoções, caracterizando uma verdadeira limpeza urbana com algumas comunidades no Rio de Janeiro, como parte desses preparativos para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. Se no Rio isso vem ocorrendo e denunciado mundo afora, devemos fizar atentos a todas as sedes, para que possamos denunciar também, exemplos semelhantes que certamente podem ocorrer em todas as cidades sedes do Brasil da Copa 2014.

Vamos fazer as festas, mas sem esquecer que depois delas, o país deve continuar de pé. A ressaca pode ser enorme e as contas a serem pagas, poderão nos comprometer o nosso futuro a curto, médio e longo prazo.

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