19.9.17

RÉSTIA DE ESPERANÇA





Mergulhados  estamos na nuvem escura da crise política brasileira, interminável crise, que se arrasta e que tem suas origens na escassez de caráter dos homens públicos, no escracho  que imprime descrédito ao status da vida econômica e política do falido protecionista e corrupto estado nacional. Impera o desrespeito às leis, às instituições, aos bons costumes;  vivenciamos a falta de limites aos supremos da ordem e da justiça. Inertes sob o império da desfaçatez e da mentira; quebram-se os elos de confiança nas instituições e o que nos resta é contemplar atônitos um circo de horrores que deixariam vermelhos os mais anarquistas dos pensadores.

Que horizonte mirar e projetar para o amanhã da nação brasileira? Vivemos uma crise de lideranças em grau estarrecedor, com todos que ascenderam aos cargos maiores da política nacional: presidência da república, câmara e senado, todos maculados, indiciados por envolvimentos em corrupção e desvios de dinheiro público em volumes jamais visto em nossa história antiga e contemporânea. E o pior, não miramos nenhuma reserva moral para nossos pleitos eleitorias futuros. Os atuais senhores do poder e os seus antecessores, nestes últimos 14 anos, ou uma década e meia, todos mergulhados num circo de horrores e sem o menor sinal de luz no fim do túnel que se apresente uma solução às centenas de processos de desvios de toda ordem, com impactos negativos nas instituições supremas que os julgam. Caminhamos para o fechamento de mais um ciclo sem qualquer perspectivas de salvação, mais uma década perdida.

O povo diante de todos os escândalos, continua passivamente a acompanhar pela mídia, que perdida e tendenciosa, relata por sua ótica opaca e anestesiada pelos interesses diversos, passando-nos diariamente suas visões sobre os fatos muitas vezes distorcidas e com equívocos de toda ordem; muitas desacreditadas.

Logo estaremos em 2018 com o desafio de votar em políticos que não acreditamos e ao mesmo tempo sonhando que se apresentassem boas escolhas, o que não teremos. O desafio está lançado e vem a pergunta: o que fazer? Anular nosso voto e dar um atestado de revolta com a classe politica jamais visto na história republicana? Seria um manifesto de peso e inédito, creio.

Bem, temos à nossa disposição as redes sociais como instrumentos e meios de convocações que são fortes e determinantes nessas horas de decisões. Meditemos e avancemos em ideias para que logo mais adiante possamos, cientes  de nosso poder de compartilhamentos, cada um de nós influenciarmos para o bem de nosso futuro como nação.

Que Réstia de Esperança nos alentará? 

J.Carvalho