27.11.05

Darcy "brasileiro" Ribeiro


- Foi em 1997 que perdemos Darcy Ribeiro; nosso querido educador visionário.
Já faz quase uma década e o país continua órfão de suas idéias e projetos educacionais.
Parado no tempo, o Brasil continua na espera não sabemos do que ou de quem, para apontar o caminho
que coloque nossas crianças dentro de uma construção educacional que vislumbre um futuro promissor.

No dia de sua morte escrevi:


Lá se foi o guerreiro estudar os céus,
a essência dos espíritos e espalhar sua inquietude
pagã pelo infinito.

Na Terra viveu de forma única:
Intelectualidade ímpar;
amou intensamente a raça brasileira
e sofreu com seu povo, com seus índios,
com seus mortos;
mortos e vivos, raça por inteira,
mistura singular, única, rica, bonita,
índia, cabocla, branca, negra, mulata...
eternizada em "Maíra", "O Mulo", " Utopia Selvagem", "Migo"...

Darcy antropólogo, indigenista, amigo, professor, político, diplomata...
Visionário-utopista e libertário-concretista;
falastrão, lúdico-poeta, Darcy, o elegante galanteador.
Amou intensamente as mulheres que pôde alcançar e as que não pôde.

Darcy sofreu com o revés político ao lado de Brizola,
mas realizou belos projetos, construiu escolas, fez história e plantou sementes.
Nos legou para que não nos percamos por nossas fracas memórias,
500 páginas sobre a formação e o sentido antropológico, das diversas raças
do Brasil, leitura obrigatória, sua última obra: "O POVO BRASILEIRO".

Vai guerreiro, aprontar pelos céus!
Por que por aqui, em sua amada Terra,
deixaste uma missão cumprida,
uma bela e fascinante história, um comprometimento de vida:
Darcy "brasileiro" Ribeiro.

1922/1997





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