30.7.20

BH 122 ANOS / Flash Memories!





FERNANDO SABINO 90 ANOS / 2013 na Pça da Liberdade - BH - no CCBB - O trem na estação Travessia, vagão repleto de Sabino, fantasia real e ilusão.

Foi realizada em Belo Horizonte, no Centro Cultural Banco do Brasil, de setembro até o final de novembro/2013; a exposição que celebrou os 90 anos de Fernando Sabino e lembrou o grande escritor mineiro. A montagem, feita pelo arquiteto João Uchôa, ocupou espaço num dos prédios da Praça da Liberdade, onde Sabino viveu e escreveu crônicas memoráveis.

22.7.20

DE REPENTE



Calma. 

DE REPENTE

“De repente tudo vai ficando tão simples que assusta. 
A gente vai perdendo algumas necessidades, antes fundamentais e que hoje chegam a ser insignificantes. 
Vai reduzindo a bagagem e deixando na mala apenas as cenas e pessoas que valem a pena. 
As opiniões dos outros são unicamente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós, não têm a mínima importância.
Vamos abrindo mão das certezas, pois com o tempo já não temos mais certeza de nada. 
E de repente isso não faz a menor falta.
Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado, mas sim a vida que cada um escolheu experimentar.
Por fim entendemos que tudo que importa é ter paz e sossego. 
É viver sem medo e simplesmente fazer algo que alegra o coração naquele momento. 
É ter fé.
E só.
Trechos do artigo "De repente" de Elaine Matos, 
publicado em Dezembro de 2013, em cbanoticias.

7.7.20

OH! MINAS.!


 


OH! Minas! 
Minas é esse espreitar
esse observar da janela
esse falar baixinho
ao pé do ouvido
sobre todas as coisas da vida;
Minas é esse espiar desconfiado
ao que está bem perto
ou o que já vai longe, distante...
serpenteando as curvas dos rios;
Minas é esse bem aconchegante
que ficou guardado n'alma
Minas é o amor de peito aberto
é esse desenhar de nervuras nas montanhas
Minas é porteira sem trancas
nos corações, nas entranhas...
Minas é esse mar verde de topos e vales
que eleva bem pro alto
a nossa luz da esperança,
Oh! Minas!
J. Carvalho

4.7.20

CORONACHINA

O coronavírus: uma ataque da Terra contra nós

03/07/2020
 Até a presente data toda a preocupação face ao Covid-19 está centrada na medicina, na técnica e em todos os insumos que impedem a contaminação dos operadores da saúde. Principalmente se busca de forma urgente uma vacina eficaz. Na sociedade, o isolamento social e evitar a conglomeração de pessoas.Tudo isso é fundamental. No entanto, não podemos considerar o coronavírus como um dado isolado. Ele deve ser visto dentro do contexto que permitiu sua irrupção.

Ele veio da natureza. Ora, como bem disse o Papa Francisco em sua encíclíca “sobre o cuidado da Casa Comum:”Nunca maltratamos e ferimos nossa Casa Comum como nos dois últimos séculos”(n.53). Quem a feriu foi o processo industrialista: o socialismo real (enquanto existia) e principalmente o sistema capitalista hoje globalizado. Este é o Satã da Terra que a devasta e à leva a todo tipo de desequilíbrios.

Ele é o principal (não o único) responsável pelas várias ameaças que pairam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra: desde o possível holocausto nuclear, o aquecimento global, a escassez de água potável até a erosão da biodiversidade. Faço minhas as palavras do conhecido geógrafo norte-americano David Harley: “O COVID-19 é a vingança da natureza por mais de quarenta anos de maus-tratos e abuso nas mãos de um extrativismo neoliberal violento e não regulamentado”.

Isabelle Stengers, química e filósofa da ciência que muito trabalhou em parceria com o Nobel Ilya Prigogine, sustenta a mesma tese que eu também sustento:”o coronavírus seria uma intrusão da Terra-Gaia nas nossas sociedades, uma resposta ao antropoceno”.

Conhecíamos outras intrusões: a peste negra (peste bubônica) que vinda da Eurásia dizimou, ao todo, segundo estimativas, entre 75-200 milhões de pessoas. Na Europa entre 1346-1353 desfalcou a metade de sua população de 475 para 350 milhões. Ela precisou de 200 anos para se recompor. Foi a mais devastadora já conhecida na história. Notória também foi a gripe espanhola. Oriunda possivelmente dos USA entre 1918-1920, infectou 500 milhões de pessoas e levando 50 milhões à morte, inclusive o presidente eleito Rodrigues Alves em 1919.

Agora, pela primeira vez um vírus atacou o planeta inteiro, levando milhares à morte sem podermos detê-la por sua rápida propagação já que vivemos numa cultura globalizada com alto deslocamento de pessoas que viajam por todos os continentes e podem ser portadores da epidemia.
A Terra já perdeu o seu equilíbrio e está buscando um novo. E esse novo poderá significar a devastação de importantes porções da biosfera e de parte significativa da espécie humana.

Isso vai ocorrer, apenas não sabemos quando nem como, afirmam notáveis biólogos. Se vier a temida NBO (The Next Big One), o próximo grande e devastador vírus, poderá, segundo o pesquisador da USP Prof. Eduardo Massad, levar à morte cerca de 2 bilhões de pessoas, diminuindo a expectativa geral de vida de 72 para 58 anos. Outros temem até o fim da espécie humana.

O fato é que já estamos dentro da sexta extinção em massa. Inauguramos segundo alguns cientistas, uma nova era geológica, a do antropoceno e sua expessão mais danosa, a do necroceno. A atividade humana (antropoceno) se revela a responsável pela produção em massa da morte (necroceno) de seres vivos.

Os diferentes centros científicos que sistematicamente acompanham o estado da Terra atestam que, de ano para ano, os principais itens que perpetuam a vida (água, solos, ar puro, sementes,fertilidade, climas e outros) estão se deteriorando dia a dia. Quando isso vai parar?
O dia da Sobrecarga da Terra (the Earth Overshoot Day) foi atingido no dia 29 de julho de 2019. Isto significa: até esta data foram consumidos todos os recursos naturais disponíveis e renováveis. Agora a Terra entrou no vermelho e no cheque especial.

Como frear esta exaustão? Se teimarmos em manter o consumo atual, especialmente o suntuoso, temos que aplicar mais violência contra a Terra forçando-a a nos dar o que já não tem ou não pode mais repor. Sua reação se expressa pelos eventos extremos, como o vendaval-bomba em Santa Catarina em fins de junho e pelos ataques dos vários tipos de vírus conhecidos: zika, chicungunya, ebola, Sars, o atual coronavírus e outros. Devemos incluir o crescimento da violência social já que Terra e Humanidade constituem uma única entidade relacional.

Ou mudamos nossa relação para com a Terra viva e a para com a natureza ou poderemos contar com novos e mais potentes vírus que poderão dizimar milhões de vidas humanas. Nunca o nosso amor à vida, a sabedoria humana dos povos e a necessidade do cuidado foram tão urgentes.

Leonardo Boff é ecoteólogo e escritor.Acaba de escrever um livro:”O Covid-19: A Mãe Terra contra-ataca a Humanidade” a sair pela Editora Vozes ainda este ano.

Onde Deus possa me ouvir (Vander Lee) - DVD Vander Lee 20 Anos



Sabe o que eu queria agora, meu bem?
Sair, chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo , um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber
Meu amor
Deixe eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui, pode sair
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber
Meu amor
Deixe eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui, pode sair
Meu amor
Deixe eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui, pode sair
Adeus