"GONZAGA - DE PAI PARA FILHO" - o filme.
Assistam esse filme em homenagem ao Rei do Baião - (Luiz Gonzaga), no ano de seu centenário. Uma bela história de vida. Esse nordestino, caboclo, nascido no sertão de Pernambuco, na cidade de Exu, que desiludido por uma paixão não correspondida, foge para o mundo e chega ao Rio de Janeiro para tentar realizar seu sonho de ser um grande safoneiro do forró, através de seus xotes, xaxados e baiões, alcança o sucesso apesar de muita luta e dificuldades.
Além de sua bela história de sucesso, esta obra narra a saga familiar de Luiz "Lua" Gonzaga, que atinge seu ápice, nas cenas belíssimas do pai e do filho (Gonzaguinha) alcançando, depois de anos disanciados, a sofrida reconciliação. - Pai e filho, este já no auge de sua carreira finalmente se abraçam e realizam uma turnê (Viajante), por todo o Brasil. . Uma bela obra dirigida por Breno Silveira. Um filme que nos toca profundamente em nossos corações.
J. Carvalho
"Decidido a mudar seu destino, Gonzaga sai de casa jovem e segue para
cidade grande em busca de novos horizontes e para apagar uma tristeza
amorosa. Lá, ele conhece uma bela mulher, Odaléia (Nanda Costa), por
quem se encanta. Após o nascimento do filho e complicações de saúde da
esposa, ele decide voltar para a estrada para garantir os estudos e um
futuro melhor para o herdeiro. Para isso, deixa o pequeno aos cuidados
de amigos no Rio de Janeiro e sai pelo Brasil afora. Só não imaginava
que essa distância entre eles faria crescer uma complicada relação,
potencializada pelas personalidades fortes de ambos. Baseada em
conversas realizadas entre pai e filho, essa é a história do cantor e
sanfoneiro Luiz Gonzaga, também conhecido como O Rei do Baião ou
Gonzagão, e de seu filho, popularmente chamado de Gonzaguinha".
Críticas "Adoro Cinema" -
Gonzaga - De Pai pra Filho
O cineasta Breno Silveira conquistou o Brasil com o sucesso de
2 Filhos de Francisco, apresentou também em 2012
À Beira do Caminho,
com canções de Roberto Carlos, e chega agora com outro filme com a
música brasileira servindo de pano de fundo, no caso, as cantadas por
Gonzagão e Gonzaguinha. Antes que você começe a pensar que o cara é um
"tarado" pela MPB, perde tempo não, tenha certeza logo porque é fato
consumado. E mais uma vez ele faz dela, a composição, um elemento para
ajudar a contar a história.

Para
entender rapidamente, o filme surgiu da audição de uma pilha de fitas
cassete (os mais jovens nem devem saber o que diabos é isso) que
registraram as conversas de pai e filho, numa espécie de acerto de
contas com o passado. Cheinho de momentos marcantes na carreira de
ambos, o longa vai contando, tintim por tintim, esse enredo de duas
vidas norteadas pela música, mas desafinadas pela distância. Estão lá o
primeiro amor, a luta contra o preconceito, a paixão adulta, o jeitão
tinhoso de ser, o sonho de ter um filho "doutor", o pesadelo vivido para
viabilizar essa obsessão e, acima de tudo, o desejo de ter um pai.
Além
de muito som pra cabra da peste nenhum botar defeito, a produção também
tem imagens lindas, excelente trabalho de reconstituição de época e um
elenco de desconhecidos de tirar o chapéu, de cangaço. Destaque para
Júlio Andrade no papel de Gonzaguinha já na fase adulta e Adélio Lima
(fase adulta) e Chambinho do Acordeon (fase jovem) como Gonzagão. Este
último, ainda mais por não ser ator e ter dado conta do fole, quer
dizer, recado.

Nesse
mesmo quesito, porém, pode estar um dos possíveis pontos fracos da
obra. Os muitos atores para interpretar diferentes fases dos dois
protagonistas (três para cada) podem causar certa confusão e fazer com
que o público não se envolva tanto. Por conta disso, as muitas idas e
vindas do roteiro, se não complicam, também não ajudam tanto nessa
tarefa de manter o espectador ali no cabresto, ligado. É detalhe? Pode
ser. Para uns pode fazer diferença, mas nada que justifique passar longe
da sala escura e ver que essas vidas, assim, às claras, foi carregada
de amor, cada um do seu jeito.
Apesar de ser um filme de ficção,
o roteiro de Silveira e Patricia Andrade mistura imagens reais,
resgatando o forte impacto de algumas cenas emocionantes, como o
encontro de pai e filho nos palcos da vida. Faz também você viajar pelas
muitas músicas de Gonzagão, algumas de Gonzaguinha e sentir um breve nó
na garganta. Ou seja, não assistir
Gonzaga - De Pai pra Filho
é tapar os ouvidos para uma grande (e dolorosa) história musical de
dois caras talentosos que precisavam se entender, mostrada numa produção
arretada de bom e, o melhor, não precisa ser fã.
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