15.6.18

O Amanhã Não Espera

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Se tempo houver
E assim desejar meu coração
Nas horas cinzas 
Na mais calma solidão
Sairei pela terra devastada
Pela guerra pelas mágoas
Pelas garras da traição
Nada verei ao certo
Além das chamas
Das crateras
Das cidades em ruinas
Das feras com fome
Andarei sem armaduras
Pelo chão pelas alturas
Por entre as criaturas
De semblantes mutantes
Quero água
Quero mais do que amor e paz
Quero agora para sempre
Nunca mais
Inúteis serão meus versos
Ao ouvido dos homes
Sem honra
Sem nome
Sem voz
Dos anjos
Das aves
Das plantas e animais

Poema de
João E. Rodrigues

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