A medusa no fundo poço
(onde não sei o que perdi,
mas procuro tanto)
me chama com seu olhar
de nostalgia.
Sobem as águas turvas,
plenas de tudo o que receio
e me seduz.
Só me resta mergulhar:
primeiro as mãos em ponta
cheias de encontro e de adeus,
depois o rosto desmascarado,
o corpo exausto
que se adia.
E por fim,
muito mais calma,
isso que me sobrou de alma.
Lya Luft
( este poema encerra o livro dela " o tempo é um rio que corre ".)
Nenhum comentário:
Postar um comentário