30.9.14

Decência do Amor



O ar urbano e do interior já não são os mesmos
Como não são os mesmos os seus afagos e seus beijos
Nem mesmo são as mesmas as canções nas esquinas de Minas

Não são as mesmas as meninas
Nem mesmo as suas fantasias, bem como as  suas orações
Não são mais os mesmos os gestos espontâneos de suas alegrias

Pois o aço transformado rouba-lhe o respiro e aos poucos lhe devora,
A escora do fio da navalha lhe põe medo e lhe fere
Pondere apesar e acredite firme: ainda há a verdade a ser dita sem pudor

Não silencie, grite ao mundo nos seus quatro cantos
E saiba que só afirmarão os seus encantos, a sua presença
Se forte voce for na defesa da amizade e na decência do amor.

J. Carvalho


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